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A Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul

31 Março, 2017 / Editor / opinião
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A primeira etapa desta heroica viagem que se iniciou em Lisboa às 16:30 horas do dia 30 de Março desse ano (1922), num hidroavião monomotor Fairey FIII-D MkII, com um motor Rolls-Royce e batizado de “Lusitânia”, terminou tranquilamente em Las Palmas nas Ilhas Canárias, onde os tripulantes se demoraram até 5 de Abril. 

A partir daí sobrevieram os maiores perigos e incidentes, como os que sucederam logo na etapa seguinte que os aeronautas cumpriram a muito custo, escalando na ilha de S. Vicente, no arquipélago de Cabo Verde, com graves danos nos flutuadores devido à humidade neles formada.

Após as necessárias reparações,  levantaram voo no dia 17, do porto da Praia, na ilha de Santiago, rumo ao arquipélago de S. Pedro e S. Paulo, já em águas brasileiras, amerissando aí no dia seguinte, com danos irreversíveis no aparelho, que perdeu um dos flutuadores, o que obrigou a que a dupla de aviadores fosse transportada por um Cruzador da Marinha portuguesa até à ilha de Fernando de Noronha, onde aguardaram pelo envio de um novo hidroavião Fairey a que batizaram de “Pátria” que lhes permitiu a decolagem no dia 11 de Maio para logo surgir novo infortúnio – uma falha mecânica no motor obrigou-os a fazerem uma amererissagem de emergência e recolher-se de novo a Fernando de Noronha. No dia 5 de Junho, finalmente, recebem um novo Fayrei F III-D, a que a esposa do então Presidente do Brasil batiza de “Vera Cruz”.

Este aparelho foi transportado para o arquipélago de S. Pedro e S. Paulo, de onde os aeronautas portugueses partiram rumo ao Recife e dai para o Rio de Janeiro, fazendo escalas em Salvador, Porto Seguro e Vitória. Nas águas da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, Gago Coutinho e Sacadura Cabral foram entusiasticamente aclamados como heróis pela população que os aguardava, aclamação que se estendeu a todas as cidades brasileiras. Estima-se que nos setenta e nove dias da viagem o tempo de voo dispendido, nos 8.383 quilómetros percorridos, foi de apenas 62 horas e 26 minutos.

OS HOMENS


GAGO COUTINHO (1869-1959)

Biografia

Carlos Viegas Gago Coutinho, nasceu em Belém, Lisboa, em 17 de Fevereiro de 1869. Era filho de José Viegas Gago Coutinho e de Fortunata Maria Coutinho. Em 1885 concluiu o curso do Liceu e matriculou-se na Escola Politécnica para preparar a sua entrada na Escola Naval, um ano depois. Entrou para a Armada como aspirante em 1886. Em 1890 foi promovido a guarda-marinha, em 1891 a segundo-tenente, e em 1895 passou a primeiro-tenente. Em 1907 foi promovido ao posto de capitão-tenente e em 1915 ao posto de capitão-de-fragata. Em 1920 passou a capitão-de-mar-e-guerra. Em 1922 foi promovido ao posto de vice-almirante, e em 1958 a almirante.
O que celebrizou Gago Coutinho foi o seu trabalho científico pioneiro na navegação aérea astronómica e a realização, com Sacadura Cabral, da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, entre Lisboa e o Rio de Janeiro. A partir do momento em que voou pela primeira vez com Sacadura Cabral, em 1917, Gago Coutinho tentou resolver os problemas que se punham à navegação aérea astronómica. Colocava-se o problema da dificuldade de definição da linha do horizonte a uma altura normal de voo. A dificuldade em efetuar medições precisas de posição em situação de voo com um sextante vulgar colocava problemas de natureza instrumental e metodológica.
Para resolver o problema de medição da altura de um astro sem horizonte de mar disponível Gago Coutinho concebeu o primeiro sextante com horizonte artificial que podia ser usado a bordo das aeronaves. Este instrumento, que Gago Coutinho denominou «astrolábio de precisão» permite materializar um horizonte artificial através de um nível de bolha de ar e é dotado de um sistema de iluminação elétrico do nível de bolha que permite fazer observações noturnas. Entre 1919 e 1938 Gago Coutinho dedicou-se ao aperfeiçoamento deste instrumento, que veio a ser fabricado e difundido pelo construtor alemão C. Plath com o nome de «System Admiral Gago Coutinho».


SACADURA CABRAL (1881-1924)

Biografia

Artur de Sacadura Freire Cabral nasceu a 23 de Abril de 1881 em Celorico da Beira. Era filho de Artur Sacadura Cabral e de Maria Augusta da Silva Esteves. Após os estudos primários e secundários assentou praça em 10 de Novembro de 1897 como aspirante de marinha, e frequentou a Escola Naval, onde foi o primeiro classificado do seu curso. Foi promovido a segundo-tenente em 27 de Abril de 1903, a primeiro-tenente a 30 de Setembro de 1911, a capitão-tenente em 25 de Abril de 1918 e, por distinção, a capitão-de-fragata em 1922.
Atividade Científica
Juntamente com Gago Coutinho estudou um novo aparelho com o qual se viria a conseguir uma navegação estimada, e que viria a auxiliar e a completar a navegação astronómica por intermédio do sextante modificado por Gago Coutinho. Inicialmente este aparelho foi chamado Plaqué de Abatimento e mais tarde Corretor de Rumos – Coutinho-Sacadura.
Este aparelho foi experimentado na primeira viagem aérea Lisboa-Madeira realizada em 1921. Tendo obtido os melhores resultados na sua utilização, este aparelho foi apresentado ao Congresso Internacional de Navegação Aérea, realizado em Paris de 15 a 25 de Novembro de 1921, onde teve boa aceitação. A memória descritiva do ‘Corretor’ foi publicada nos Anais do Club Militar Naval
A preparação para a 1ª Travessia Aérea do Atlântico Sul é da iniciativa de Sacadura Cabral, que expôs o projeto a Gago Coutinho, o que motivou que este acelerasse a adaptação do sextante clássico de navegação marítima à navegação aérea. A travessia iniciou-se em 30 de Março de 1922, em Belém no hidroavião ‘Lusitânia’. A primeira escala foi nas Canárias, de onde partiram para S. Vicente, em Cabo Verde. Daqui partiram para o Penedo de S. Pedro, com problemas de consumo de combustível. Ao amerissar, uma vaga arrancou um dos flutuadores do ‘Lusitânia’, o que provocou o afundamento do avião. Tendo sido recolhidos pelo navio ‘República’. “O ‘Lusitânia’ acabara de realizar uma etapa de mais de onze horas sobre o oceano, sem navios de apoio, mantendo uma rota matematicamente rigorosa, o que mais uma vez veio provar a precisão do sextante modificado, pois os Penedos de S. Pedro podem considerar-se um ponto insignificante na enorme vastidão atlântica.

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